segunda-feira, 2 de maio de 2011

Blog religião e sociedade

Veja também este blog, que fiz dias atrás e que apresentam textos sobre a questão da religião. É claro que ele é influência, e por sinal muito boa, do mestrado em ciências da religião da Unicap. Está ainda em fase de elaboração.
Minha intenção é trazer algumas ideias sobre a questão religiosa e suas influências na sociedade. Apresentar elementos históricos que possam explicar esta profunda relação.
Há outra influência, que é a do meu projeto de dissertação, está mais que clara. Procurarei não ser muito técnico neste blog, pois quanto mais clareza melhor.

Filosofia crítica

O elemento crítico da filosofia, em sua exigência de clareza, recusa a condição de opinião. Tal busca procurava explicar a verdade desde os diálogos de Sócrates, escritos por Platão. O senso crítico se opunha às condições do pensamento do senso comum grego. Ou seja, as meras opiniões foram sendo descartadas. O válido para o filósofo é o refletido, o preciso, o coerente, o sistemático.

A filosofia valoriza a busca pelo saber, sem a pretensão de se tornar dono dele. Ela é uma forma de conhecimento que não se destina a concluir os acontecimentos, mas demonstrar os caminhos traçados pelos que se arriscaram nesta busca.

Ela critica as diversas formas de saberes, bem como seus meios para se chegar a resultados no processo de conhecimento. Um dos objetivos da filosofia é mediar este processo através de discussões que possam alcançar a um novo patamar, do ponto de vista teórico.

Conhecer significa, portanto, identificar e descrever a realidade claramente, tendo em vista todas as suas possibilidades. Como a realidade é infinita e o conhecimento humano limitado, faz-se necessário minimizar tal distância através da reflexão filosófica.

E é nestes limites que se pode buscar as possibilidades. Quando se sente insatisfeito com o saber, proporciona ao conhecimento novo momento com críticas e reelaborações.

Não há insatisfação que nos angustiam, mas a insatisfação que nos deixam inquietos diante do que não sabemos. Neste aspectos podemos citar Sócrates que ao incentivar o diálogo em busca do saber tinha coragem de afirmar "Só sei que nada sei."

O que a Filosofia pretende fazer é questionar o que se aceita sem críticas. Geralmente aceitamos tudo sem pensar, envolvendo-nos em processos ideológicos que não deixam pensar reflexivamente.

Quando fazemos perguntas sobre o significado da vida, dos direitos, da liberdade e da política estamos tentando alcançar os seus sentidos pensando filosoficamente. Quando perguntamos em que bases se sustentam a vida, os direitos, a liberdade e a política estamos avançando nos questionamentos sobre este pensamento, estamos tentando alcançar os fundamentos. Este é um dos princípios da Filosofia: buscar o fundamento das coisas.

Sempre que criticamos o conhecimento partimos da ideia de que é difícil de se entender, e para tanto não se vê valor neste tipo de conhecimento . Porém a dificuldade não descarta a possibilidade da sua importância.

O fato de ser um pensamento crítico, existe a falsa ideia de que a Filosofia é simples digressão e não conclui absolutamente nada. É claro que ela não depende de evidências, nem de nenhuma outra doutrina, método ou fórmula que a enclausure. Deve ser por isto que o elemento crítico da filosofia causa tanto espanto.